Bomba Atômica – Como funciona

Bomba atômica

Quem nunca ouviu falar sobre bomba atômica? Geralmente, todos os estudantes ouvem falar sobre esse assunto em História, quando se estuda 2ª Guerra Mundial. No entanto, será que todos eles sabem o que é bomba atômica?
Para entender o que é e como funciona uma bomba atômica, é necessário que se entenda alguns conceitos sobre núcleo atômico e fissão nuclear.

Núcleo atômico

Um núcleo de um átomo qualquer é constituído basicamente por prótons (partículas de carga positiva) e nêutrons (partículas semelhantes aos prótons, mas, que não possuem carga).
No núcleo de um átomo existem forças (forças nucleares) que mantêm os prótons e nêutrons ligados. Estas forças devem ser suficientemente grandes para contrabalancear as repulsões elétricas decorrentes da carga positiva dos prótons. Uma vez que os nêutrons não possuem carga elétrica. Isso deve ocorrer para explicar a existência de núcleos atômicos estáveis.

Fissão nuclear

O termo fissão significa quebra, separação. Então, fissão nuclear é a quebra, ruptura do núcleo atômico.
Em torno de 1934, Otto Hahn e Fritz Strassman observaram átomos de bário em rejeitos de reação nuclear com urânio e nêutrons acelerados. A partir disso, estudos surgiram para confirmar que o núcleo de urânio teria dado origem a outros menores.
Estes estudos verificaram que núcleos de urânio-235 capturavam um nêutron e se tornavam instáveis. Essa instabilidade é tamanha, que o núcleo, para se estabilizar, divide-se em dois outros, e em três novos nêutrons. Estes nêutrons que são produzidos são capazes de induzir outras três reações de fissão nuclear. As novas reações produzirão mais nêutrons e esses iniciaram novas reações, e assim por diante. Esse é o processo de reação em cadeia, no qual um nêutron dá origem à uma série de reações de quebras nucleares.
A energia produzida em uma reação de fissão nuclear é gigantesca e é produzida na forma de explosão. Como pode ser visto na equação anterior, a energia liberada é da ordem de 1010 kJ por mol de urânio bombardeado por mol de nêutrons absorvido.

Para que ocorra a reação em cadeia é necessário uma quantidade tal de urânio-235 (aproximadamente 3,5 kg), pois senão a reação não se sustenta e finaliza-se.

Em uma bomba atômica, dois fragmentos de urânio, nenhum deles capaz de sustentar a reação em cadeia, são unidos para formar um bloco maior capaz de suportar a reação em cadeia.1 Com isso, ocorre a liberação de energia e a catastrófica explosão devastadora vista em Hiroshima e em Nagasaki, em 1945, quando os EUA atacaram o Japão para finalizar a 2 Guerra Mundial.

A energia produzida nessa “explosão” pode ser obtida a partir da fórmula E = mc2, onde c é a velocidade da luz e m é a massa do elemento que se transforma em energia (energia cinética, térmica, eletromagnética, etc).

O processo de fissão nuclear, também, pode ocorrer de forma controlada, ou seja, controlando a reação em cadeia, a partir da introdução de barras de elementos absorvedores de nêutrons, como cádmio e boro.
No caso do controle da reação em cadeia da fissão nuclear, a energia obtida é utilizada com fins pacíficos, para  aquecer uma caldeira de água, que tornará em vapor e movimentará uma turbina. Esta turbina será a responsável pela geração de energia elétrica utilizada em domicílios de diversos países de primeiro mundo e em parte do estado do Rio de Janeiro, através das usinas de Angra dos Reis.

O poder de destruição da bomba atômica não está apenas na liberação enorme de energia, mas também na grande quantidade de radiações ionizantes liberadas (partículas alfa, beta, radiação gama, radiação X, infravermelho, ultravioleta, etc).

Os ataques nucleares no Japão não só destruiu totalmente duas cidades, mas também fez desaparecer dezenas de milhares de pessoas (mortas pelo ataque) e ferir outros milhares.
A temperatura no núcleo da explosão chegou a milhões de graus Celsius e fez pessoas, literalmente, sublimar (passar do estado sólido para o gasoso) em questões de milésimos de segundo.
Há dezenas de quilômetros podia se ver o famoso cogumelo da morte e destruição, que ficou característico da bomba atômica.

O poder de destruição de uma bomba atômica é inquestionável e a sua ação de destruição ocorre em poucos segundos. Já as conseqüências podem durar vários anos.

Além da bomba atômica, há também a bomba de hidrogênio, com poder de destruição ainda maior, equivalente à várias bombas atômicas. A bomba de hidrogênio não usa fissão nuclear, mas sim, fusão nuclear, confira.

Referência
1-
KOTZ, J., C., TREICHEL, P., Química e Reações Químicas, 3ª ed., v. 2; Rio de Janeiro, Ed. LTC, 1998.
2– REIS, M., Completamente Química – Físico Química, Ed. FTD, 1ª ed., São Paulo, 2001.

Energia – formas e usos

Energia

Energia, geralmente, é definida como a capacidade de um sistema em efetuar trabalho.

Normalmente, este termo é melhor entendido do que definido. Ou melhor, quando uma vela está acessa e colocamos a mão sobre a chama, o que sentimos? Calor, uma sensação de que a temperatura da superfície de nossa mão está esquentando. Isso indica que  se não tirarmos a mão dali, a queimaremos. Esse é um exemplo de energia térmica, outro exemplo de energia, mas agora elétrica, é a luz que utilizamos para iluminar uma sala, ou então, a energia necessária para fazer funcionar um aparelho como o computador ou o celular. Neste caso, a energia elétrica é consumida e parte é transformada em energia luminosa (luz) e térmica (calor). 

Formas de energia

Energia cinética – é a energia relacionada ao movimento dos corpos;

Energia potencial – é a energia que se estar acumulada ou armazenada em um corpo, como por exemplo, a energia química de pilhas e baterias; a energia de combustíveis encontrada em combustíveis como petróleo, álcool, madeira, etc; a energia nuclear, que é encontrada em átomos de todos os elementos químicos, mas que é melhor empregada quando se utiliza átomos pesados e instáveis, como o urânio-235, por exemplo.

Energia magnética relacionada aos ímãs. 

Uso da Energia

A cada dia que passa, a humanidade vem necessitando cada vez mais de energia, seja para opróprio consumo, na forma de alimentos, ou para proporcionar maior conforto ou facilidades de trabalho. Um exemplo é a produção de uma latinha de refrigerante. Para se obter esta latinha que é de alumínio é necessário a disposição e o consumo de muita energia elétrica, que terá uma parte utilizada como tal e outra parte transformada em energia térmica e energia mecânica. Esse consumo de energia se deve ao fato do alumínio não se encontrar na natureza na forma metálica, sendo encontrado na forma de minerais que deverão ser trabalhados para a remoção física e química do alumínio metálico, esse processo consome muita energia. A reciclagem do alumínio consume menos energia, mas é ainda grande a quantidade de energia consumida.

A indústria de uma maneira em geral, necessita e muito de energia elétrica, que é mais fácil de se obter e que pode ser transformada em qualquer outra. É a partir dessa energia que é possível iluminar galpões, acionar e fazer trabalhar máquinas e equipamentos eletro-eletrônicos, etc.

Para as pessoas em geral, a energia elétrica também é indispensável nos dias de hoje, para ligar um aparelho elétrico, como televisão, computador e geladeira é necessário energia elétrica, pois senão o aparelho não funciona. E como pode ser visto as pessoas sem estes aparelhos? Atualmente estes aparelhos são indispensáveis para a sua comodidade e conforto.

Conversão para energia elétrica

No Brasil, a principal fonte de energia elétrica são as usinas hidroelétricas, que convertem a energia potencial e cinética das correntes d’água em energia elétrica. O que ocorre é que a água é forçada a cair sobre um dispositivo (turbina) que girará dando movimento a um gerador. Este gerador será o responsável pela produção de energia elétrica, que aparecerá pelo fenômeno da indução eletromagnética (uma corrente elétrica aparecerá com o movimento de um ímã).

Em outros países, principalmente na Europa e na América do Norte, a principal fonte de energia elétrica são as usinas nucleares. Antes de entrar neste assunto é necessário alguns conceitos básicos.

Núcleo Atômico

Um núcleo de um átomo qualquer é constituído basicamente por prótons e nêutrons. Neste núcleo existem forças (forças nucleares) que mantêm os prótons e nêutrons ligados. Estas forças devem ser suficientemente grandes para realizar o trabalho de contrabalancear as repulsões elétricas decorrentes da carga positiva dos prótons. Uma vez que os nêutrons não possuem carga elétrica. Isso deve ocorrer para explicar a existência de núcleos atômicos estáveis.

E é esta energia, a energia presente no núcleo atômico, responsável pela estabilidade de alguns núcleos atômicos, que também será responsável pela geração de energia elétrica nas usinas nucleares.

Energia elétrica a partir de energia nuclear

Para se obter energia elétrica a partir da energia nuclear é necessário que haja a fissão nuclear de um átomo, geralmente de urânio-235, neste processo ocorrerá a quebra do núcleo atômico, que ocorrerá com liberação de grande quantidade de energia, da ordem de 1010J de energia liberada por mol de urânio quebrado. A reação de quebra do urânio pode ser controlada ou não, caso não seja, a energia produzida poderá ser utilizada em bombas atômicas, caso ela seja controlada, poderá ser utilizada de maneira benéfica, como na produção de energia elétrica.

A grande quantidade de energia produzida na reação de quebra do urânio será utilizada para aquecer um caldeirão que gerará vapor. Este vapor será induzido a passar por um sistema de turbinas, que serão as responsáveis por fazer girar um gerador, que por sua vez produzirá energia elétrica através da indução magnética, ou seja, do movimento de um ímã, que fará aparecer uma corrente elétrica no sistema. A produção de energia elétrica a partir de quedas d’água ou de fissão nuclear controlada produz a mesma energia elétrica.

A energia elétrica produzida a partir de energia nuclear não é radioativa e é igual a energia produzida em hidroelétricas, podendo ser utilizada para os mesmos fins.

Referência Bibliográfica
1– Atkins, P. W., Físico-Química, vol. 1, 6ª edição, Editora LTC, Rio de Janeiro, 1999.
2–  Na Internet em 17 de julho de 2004:http://www.cemig.com.br/pesquisa_
escolar/index.asp
3– Cardoso, E. M., Energia Nuclear, apostila educativa do CNEN. Na Internet em 17 de julho de 2004:http://www.cnen.gov.br/ensino/
apostilas/energia.pdf
4– Medeiros, M. A., Bomba Atômica. Na Internet em 17 de julho de 2004:http://www.quiprocura.net/bomba.htm

Radiação Nuclear – O que é?

Radiação nuclear

Radiação nuclear é um tipo de radiação originada no núcleo de determinados átomos de elementos químicos que não estão estáveis.

As radiações nucleares podem ser de vários tipos, mas, principalmente: partículas alfa (α), partículas beta (β) e radiação gama (γ).

Partículas alfa (α)

Núcleos atômicos instáveis, geralmente, de elevada massa atômica, emitem radiação alfa,  que é constituída por dois prótons e dois nêutrons. Esta é a forma “mais rápida” de procurar a estabilidade, pois cada partícula alfa tem número de massa igual a 4. Sendo assim, a cada partícula alfa emitida por um núcleo instável, a sua massa diminui de 4 unidades.

Estas partículas liberadas possuem alta energia cinética, ou seja, alta “energia de movimento”, pois o núcleo, além de liberar os prótons e nêutrons, também libera energia, na forma de energia cinética das partículas. No entanto, essas partículas possuem baixo poder de penetração.

Partículas beta (radiação beta) (β+)

Uma outra forma de um núcleo atômico se estabilizar é quando existe um número bem maior de nêutrons do que de prótons. Nesse caso poderá ocorrer a transformação de um nêutron em um próton. Para esta transformação ocorrer, e a quantidade de prótons aumentar em relação à de nêutrons, é necessário que ocorra a liberação de um elétron pelo núcleo atômico. Ou seja, o núcleo atômico irá emitir, liberar, um “elétron”, ou melhor, uma sub-partícula carregada negativamente, também conhecida como partícula beta, ou beta menos, β.

É importante que a atenção seja voltada para o fato do “elétron” (partícula β) ser emitido pelo núcleo atômico, ou seja, não tem nada a ver com os elétrons da eletrosfera.

Por outro lado, quando o número de nêutrons for insuficiente para estabilizar a quantidade de prótons presentes no núcleo atômico, poderá ocorrer a transformação de um próton em um nêutron. Para esta transformação ocorrer, será necessária a liberação de uma sub-partícula positiva do núcleo atômico. Será emitida uma partícula beta positiva, β+, também, conhecida, como pósitron.

As partículas beta possuem alta energia cinética e poder de penetração superior ao das partículas alfa. O seu poder de penetração superior é devido ao fato da partícula possuir massa muito inferior à da partícula alfa. Mesmo que a partícula beta, possua carga (carga negativa, ou positiva), ela irá ter maior penetração, pois é mais leve e terá menor perda de energia. Entretanto, a sua penetração não será, ainda, muito alta. O seu poder de ionização também será considerável, no entanto, menor que o das partículas alfa, visto que a quantidade de cargas das partículas beta é inferior ao das partículas alfa.

Radiação gama (γ)

De uma forma geral, a radiação gama é emitida por um núcleo atômico, quando emite outros tipos de radiação, seja ela alfa ou beta. A liberação de radiação gama é uma forma encontrada pelo núcleo para se “estabilizar” quando ocorre a liberação de alguma partícula nuclear, pois com a emissão de partícula ainda resta energia em excesso no núcleo atômico, que deve ser liberada (transformação de massa em energia, segundo a equação: E = mc2). A forma encontrada pelo núcleo para liberar esta energia é através de radiação gama, que é uma forma de energia eletromagnética.

A radiação gama, por ser uma onda eletromagnética,  da mesma natureza da luz, pode viajar com a velocidade da luz, ou seja, a radiação gama, propaga a 300.000 km/s, assim como a luz.

Esta radiação é altamente penetrante, ou seja, como seu poder de penetração é muito elevado, pode atravessar um corpo humano com grande facilidade, pois é muito energética, não possui massa e não possui carga elétrica, nem positiva, nem negativa (não sofre interferência elétrica, como as radiações alfa e beta).


Poder de ionização

O poder de ionização da radiação gama, normalmente é superior ao das partículas alfa e beta. O dano causado a matéria, pela radiação gama, é muitas vezes superior ao causado pelas radiações particulares, tais como alfa e beta, pois se trata de uma radiação muito energética.

Os átomos e moléculas possuem elétrons, que podem ser retirados. Quando uma radiação retira um ou mais elétrons de um átomo ou molécula, diz que ocorreu a ionização da espécie. A espécie formada ficou deficiente em elétrons e se torna muito reativa.

Quando se fala em ionizar um  átomo ou molécula, é necessária uma quantidade de energia específica, nem mais, nem menos, que é definida como pacote de energia (energia quantizada), que possibilita a ionização do átomo ou molécula. A radiação gama, por ter grande quantidade de energia, irá quebrar uma ligação química com mais facilidade do que a radiação alfa ou beta, daí, a sua capacidade em provocar danos é maior.

É importante que seja observado que a radiação gama é neutra, mas não tem relação alguma com os nêutrons, que também são neutros, ou seja, radiação gama não é nêutron. Mesmo porque, quando um núcleo atômico emite nêutrons, esta radiação (de partículas) é denominada de feixe de nêutrons.

 

Radiações – De onde elas surgem?

O que são radiações?

No final do século XIX, um minério de urânio foi esquecido em cima de um filme fotográfico. Dias depois, o filme foi verificado e visualizaram uma marca derivada de “alguma coisa” que saia do minério de urânio. Na época, denominaram “essas coisas” de raios ou radiações.

O fenômeno de liberação de radiações foi denominado de radioatividade e os elementos químicos que apresentavam esta propriedade foram chamados de elementos radioativos.

Atualmente, definem-se radiações, como sendo: ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com alta velocidade e energia, e que, quando interagem com a matéria, podem produzir variados efeitos sobre ela.

De onde surgem as radiações?

Geralmente, as radiações podem ser geradas por fontes naturais (ex.: átomos instáveis em decaimento) ou por dispositivos desenvolvidos pelo homem (rádio AM, FM e forno de microondas).

Luz, microondas, ondas de rádio AM e FM, laser, raios X e radiação gama são as formas de radiação eletromagnéticas mais conhecidas. Já feixes de elétrons, feixes de prótons, partículas beta, partículas alfa e feixes de nêutrons são exemplos de radiação de partículas, ou seja, são radiações com massa, que podem originar de átomos de elementos químicos.

Todos os elementos químicos naturais apresentam isótopos radioativos, que podem ser, também, naturais ou artificiais (criados pelo homem).

Radiação alfa (α) | Radiação beta (β) | Radiação gama(γ) | Tempo de meia-vida

Isótopos

Isótopos são átomos de um mesmo elemento químico, ou seja, possuem o mesmo número atômico (mesmo número de prótons). No entanto, possuem massas atômicas (soma da quantidade de prótons e nêutrons existentes no núcleo atômico) diferentes.

Ex.: 1H1, 2H1, 3H1

1H1 à significa, que o átomo possui 1 próton e número de massa igual a 1.
2H1 à significa, que o átomo possui 1 próton e 1 nêutron, logo, número de massa igual a 2.
3H1 à significa, que o átomo possui 1 próton e 2 nêutrons, logo, número de massa igual a 3.

Um núcleo de um átomo qualquer é constituído basicamente por prótons e nêutrons. No entanto, por que alguns átomos (ou isótopos) são estáveis, como o 12C6, e outros, como 14C6, não são estáveis e sofrem decaimento radioativo para se estabilizar?

No núcleo de um átomo existem forças (forças nucleares) que mantêm os prótons e nêutrons ligados. Estas forças devem ser suficientemente grandes para contrabalancear as repulsões elétricas decorrentes da carga positiva dos prótons. Uma vez que os nêutrons não possuem carga elétrica. Isso deve ocorrer para explicar a existência de núcleos atômicos estáveis.

Geralmente considera-se que um núcleo atômico é estável quando a relação nêutron / próton é igual ou próxima de 1 (um).

Essa  relação pode ser bem verificada para os vinte primeiros elementos químicos da tabela periódica, ou seja, até o cálcio esta relação fornece valor igual ou próximo da unidade.

Quando o número atômico, ou seja, o número de prótons no núcleo atômico aumenta, o valor da relação n / p vai se tornando cada vez maior. Mas como isso é possível, se o número atômico é que aumenta? Bem, quando o número atômico aumenta, aumenta também o número de nêutrons no interior do núcleo. Este aumento não é linear, ou seja, quando se aumenta 1 próton podem ser aumentados 1, 2, 3 ou mais nêutrons. Este número não é fixo, mas cresce mais rápido que o número de prótons. Daí, um aumento na razão n / p.

O aumento da razão n / p é para evitar a autodestruição do núcleo. Entretanto, quando há mais de 83 prótons num núcleo, nenhuma relação n / p é suficiente para estabilizar o núcleo, pois uma grande quantidade de prótons ou de nêutrons pode tornar um núcleo instável. Essa é uma realidade que a natureza impõe, ou seja, para um volume nuclear máximo é necessário que haja uma determinada quantidade de prótons e por conseqüência de estabilidade um número maior de nêutrons. A quantidade máxima de prótons existentes em um núcleo atômico estável é 83. Logo, 83 é o maior número atômico de um  elemento químico natural estável, encontrado na natureza.

Sendo assim, o bismuto, número atômico 83 (Z=83), é o último elemento químico da tabela que apresenta isótopo estável. Todos os elementos de número atômico superior a 83 são radioativos, ou seja, eles necessitam sofrer decaimento radioativo para se estabilizar dando origem, assim, a átomos estáveis, geralmente Pb (Z=82) e Bi (Z=83).

Um elemento químico instável sofre decaimento radioativo liberando radiação, que pode ser partícula alfa (α), partícula beta menos (β) ou beta mais (β+). Juntamente com estas partículas, geralmente, é liberada radiação gama (γ). Dessa forma, decaindo, ou seja, liberando partículas, o núcleo atômico se torna mais estável que de início, pois a relação n / p é alterada.

Tabelas Periódicas

 

Sal: tipos, origem, importância e aplicações

Sal: tipos, origem, importância e aplicações

Sal, sal de cozinha, sal de mesa, sal grosso, sal rosa…

O NaCl, ou simplesmente, sal, é amplamente utilizado no Brasil e no mundo.

Quando vamos fazer um churrasco, o que é preciso? Carne, sal e brasa. O sal utilizado neste exemplo, pode ser do mais variado tipo, refinado, grosso, rosa, light, com ervas, etc.

Algo em comum, em todos esses exemplos de sal já citado é a presença de NaCl (cloreto de sódio – o constituinte principal, acima de 99%) e KI (iodeto de potássio – responsável pela presença de iodo no sal). Para evitar que o sal finamente triturado se agregue, formando pedras ou até mesmo juntando bastante umidade, são usados ferrocianeto de sódio e alumínio silicato de sódio (responsáveis pela diminuição da umidade do produto, evita que o sal empedre).

O sal de cozinha quando dissolvido em água, forma uma solução turva, que é decorrente da não solubilidade destes anti-umectantes em água. Uma solução de NaCl puro, ou melhor, de NaCl utilizado como reagente em laboratórios químicos é transparente, pois não apresenta anti-umectantes.



O NaCl, constituinte principal do sal de cozinha (sal comum, ou sal para churrasco), pode ser obtido de minas naturais de sal, a céu aberto, nas quais ele é chamado de halita, um mineral. No entanto, ele também pode ser obtido a partir da água do mar, por evaporação da água. Neste último processo, a água do mar, que contém além do NaCl, diversos outros sais, tais como carbonatos e sulfatos, sofre ação do Sol e de ventos, para a precipitação dos diversos sais e obtenção final do NaCl, que é muito solúvel em água.

Do total de sal extraído no mundo, atualmente, cerca de 5% apenas é para consumo humano. A maior parte da produção de NaCl é utilizado nas indústrias, para diversos fins, tais como produção de NaOH, cloro gasoso, produção de papel, tecidos, cosméticos, tinturas, remédios, etc.

No Brasil, a maior parte do sal consumido na cozinha, é obtida da água do mar.
O cloreto de sódio, NaCl, é um compostos iônico formado pela união de um metal alcalino altamente reativo, o sódio, e um halogênio, também reativo, o cloro. A combinação destes dois elementos dá origem a um compostos que é desejado a muito tempo e por muitos. No entanto, não é todos que podem consumir o NaCl da forma desejada. Algumas vezes, é necessária a “ajuda” de um médico para auxiliar no consumo deste ingrediente tão precioso em nossa culinária.

Um constituinte fundamental do sal de cozinha, o íon sódio, é responsável pela troca de água das células com o seu meio externo, ajudando-as a absorver nutrientes e eliminar resíduos. Além disso, ele tem fundamental importância no processo de contração muscular. No entanto, ele está associado à problemas cardiovasculares e de hipertensão, daí a importância de seu consumo ser moderado.

Mas, qual é a diferença entre o NaCl e o sal de cozinha?

Bom, a diferença está no fato do sal de cozinha ser uma mistura de NaCl e compostos de iodo, que são introduzidos com o intuito de prevenir os chamados DDI (Distúrbios por Deficiência de Iodo), que são problemas de saúde, tais como: o bócio, abortos prematuros, retardos mentais, etc. Para consumo humano, é considerada adequada, para um adulto, a ingestão de 0,15 mg de iodo por dia. O teor presente no sal de cozinha é de 20 a 60 mg de iodo por quilo do produto final. Esta é uma regulamentação do Ministério da Saúde.

Na água do mar, o cloreto de sódio, NaCl, está na forma de íons Cl e Na+, que darão origem ao NaCl sólido, que se precipitará, cristalizará, pela evaporação da água. Então, na água do mar não existe o NaCl, mas sim, íons Na+ e Cl, os quais darão forma ao composto cristalino, que é agrupado segundo o esquema ao lado.



Qual a diferença entre o sal grosso e o sal refinado?

Quimicamente falando, não há diferença, o que diferencia um do outro, é a granulometria, ou seja, o tamanho físico do grão de sal, que será estipulado pela empresa responsável pela sua extração/processamento, que pode escolher, triturá-lo na forma de pó fino, como o sal refinado de cozinha, ou deixá-lo em grãos maiores, como o sal grosso.

Ambos os sais (sal refinado e sal grosso) são tratados de forma totalmente higiênica e possuem alto grau de pureza, pois os cristais que são formados a partir da evaporação da água do mar, são purificados, através da sua própria cristalização e segundo regras da Vigilância Sanitária.

E o sal light, o que é?

Na verdade, o sal light é um sal com menor teor de íons sódio, ou seja, é uma mistura meio a meio de cloreto de sódio e cloreto de potássio.

Os íons potássio possuem a característica de ficar menos tempo no organismo, quando comparado aos íons sódio, dessa forma, o organismo irá reter menos água e terá menor possibilidade de desenvolver problemas de hipertensão sanguínea. Dessa forma, a ingestão de sal light é melhor do que sal de cozinha convencional. Mas é importante destacar que, embora o teor de sódio seja menor na composição vendida como sal light, a ingestão deste tipo de sal também deve ser controlada.  EXCESSO DE SAL NUNCA FAZ BEM!

 

Sal Marinho, o que é?


A preocupação por uma alimentação saudável vem crescendo nos últimos anos. E isso influencia na busca por informações a respeito de alimentos mais saudáveis. Muita gente tem falado sobre o consumo de sal marinho, como sendo algo diferente do conhecido sal de cozinha (sal refinado, NaCl), no entanto, essa denominação pode gerar graves enganos.

O sal marinho é uma mistura de sais, mas principalmente NaCl, extraído da água do mar, assim como o nosso sal de cozinha. No entanto, o produto que é vendido como sal marinho é um produto menos processado, rico em NaCl, mas que contém sais de magnésio, cálcio e potássio, além de matéria orgânica. Afirmar que o consumo de sal marinho é melhor do que o sal marinho refinado pode ser algo relativo, já que a maior preocupação no consumo de sais deve ser a ingestão cada vez menor de íons sódio. Acredita-se que o consumo do sal light é melhor, considerando que haverá menor ingestão de íons sódio, para uma mesma quantidade de sal.

Aplicações do NaCl

O NaCl, além de ser amplamente utilizado no tempero de alimentos, é também aplicado industrialmente como matéria prima para outras substâncias.

Sódio metálico

A obtenção do sódio metálico, Na, é possível a partir da eletrólise do cloreto de sódio fundido, que também produz gás cloro.

2 Na+ + 2e → 2 Na(l)
2 Cl → Cl2(g) + 2e
——————————————–
2 Na+ + 2Cl → 2Na(l) + Cl2(g)

Além do gás cloro e do sódio metálico, o cloreto de sódio pode ser utilizado para obtenção do NaOH, que é bastante utilizado na industria de cosméticos e de produtos de limpeza, para a produção de sabonetes,sabões, detergentes, etc.

Embora o cloreto de sódio, NaCl, na forma de sal de cozinha seja bastante conhecido e utilizado, é importante destacar que o termo “SAL” não diz respeito apenas a esse composto, mas a uma classe enorme de compostos derivados da reação entre um ácido e uma base. Então, NaCl é apenas mais um sal.

Para saber mais:

O que é sal marinho



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