Sal para churrasco e sal do Himalaia – resposta à dúvida

Apresentamos algumas dúvidas enviadas ao QuiProcura e suas respectivas respostas. Se você tiver uma dúvida sobre química, nos encaminhe, que em breve ela poderá estar aqui.

As dúvidas são apresentadas da maneira que são encaminhadas para o blog, com pequenas correções ortográficas, de pontuação e acentuação para facilitar o entendimento.

Lucas disse (dúvida):
Eu vejo vários produtos vendidos como sal. Eu aprendi que o sal de cozinha é NaCl, mas o sal para churrasco ou o sal do himalaia é NaCl também?

Lucas, o tema da sua dúvida já foi discutido aqui no quiprocura, se preferir, veja o texto sobre sal. Para começar, posso te falar que sal é um conjunto de compostos e não apenas um produto específico. Sal é uma função química, que normalmente representa produtos de uma reação química entre um ácido e uma base. Existem centenas ou milhares de diferentes sais. Uma característica comum a todos eles é o gosto salgado, que alguns apresentam em maior intensidade e outros apresentam em menor. Quando falamos sobre sais aplicados à alimentação, destaca-se o NaCl, sal bastante abundante em todo o planeta, seja dissolvido na água do mar ou encontrado em minas subterrâneas em alguns pontos do mundo. No Brasil, o sal de cozinha, que é praticamente só NaCl é extraído da água do mar, por processo específico. O sal grosso, ou sal de churrasco comercializado por aqui também apresenta a mesma origem. O sal light é uma versão “mais saudável” do sal de cozinha comum. O sal light é uma mistura, normalmente, meio a meio de NaCl e KCl, além de aditivos em pequenas quantidades. Este sal é considerado mais saudável por conter menos sódio do que o sal comum. Já o sal do Himalaia é um sal rosa, que normalmente nem é extraído da região do Himalaia, mas recebe esse nome e é comercializado como sal de melhor qualidade. O sal do Himalaia é praticamente NaCl, com uma contaminação característica que dá a coloração rosa. Este sal é extraído de minas subterrâneas de sal, nas quais se extrai pedaços ou placas de sal com vários centímetros. Ou seja, o sal do Himalaia é extraído já na forma sólida, enquanto o sal comum é extraído a partir da água do mar, pelo menos aqui no Brasil. Lendo o texto que é apresentado no início da resposta, você entenderá melhor sobre os diferentes tipos de sal que temos a disposição nos supermercados.




Descrição das Famílias da Tabela Periódica (V)

Grupo 3 a 12 – Metais de Transição (Famílias B)


Os elementos pertencentes aos grupos 3 ao 12 são também chamados de metais de transição. Os elementos de transição são considerados os possuidores dos orbitais de valência 3d, 4d e 5d, além dos lantanídeos e os actinídeos, que possuem orbitais de valência 4f e 5f. Os lantanídeos e os actinídeos são denominados elementos de transição interna.Os elementos de transição receberam esta denominação de Mendeleev, que verificou que as propriedades destes elementos eram intermediárias às dos elementos, que hoje são classificados como, bloco s e bloco p. Os elementos de transição possuem características que os diferenciam de qualquer outro conjunto de grupos de elementos da Tabela Periódica. Todos os elementos de transição são metais e possuem alta condutividade térmica e elétrica. Em adição em ligas metálicas, aumenta a temperatura de fusão e ebulição, além de aumentar a resistência mecânica da liga. Muitos elementos de transição possuem vários estados de oxidação, geralmente, mais de dois. Alguns destes elementos, como o ferro e o cobre são conhecidos e utilizados desde a antiguidade. O ferro meteórico era trabalhado à milhares de anos, antes mesmo da metalurgia surgir. Algumas civilizações acreditavam em um mito que o céu era constituído de ferro, e quando se quebrava, caía um pedaço na Terra, que na verdade era ferro meteórico, oriundo do espaço. O cobre é um outro elemento trabalhado desde a antiguidade, que era moldado a marteladas. Após o desenvolvimento da metalurgia, passou a ser possível derreter o cobre, surgindo então a Idade do Bronze, quando se construíam objetos a partir liga de cobre e estanho. Não somente o cobre e o ferro são conhecidos e utilizado a tanto tempo, há também o ouro e a prata, que desde o início de sua utilização são desejados e apresentam aplicações voltadas para a área financeira e de ornamentação (ver aplicações de ouro e prata).Alguns elementos de transição, como dito, são conhecidos e utilizados desde muito tempo, mas outros foram obtidos ou sintetizados há poucos séculos, ou décadas. 

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Aplicações para estes elementos são encontradas nas mais diversas áreas da indústria e da pesquisa. Algumas aplicações comuns para muitos destes elementos são na constituição de ligas metálicas para os mais diversos fins e corantes, entre tantas outras importantes aplicações destes elementos (ver aplicações dos elementos de transição).



Série dos Lantanídeos

Os elementos da série dos lantanídeos são também conhecidos como lantanóides ou terras-raras. O termo terra-rara foi usado, inicialmente, para descrever qualquer óxido de ocorrência pouco conhecida e até, aproximadamente, 1920, ThO2 e ZrO2 eram incluídos como terras-raras. Depois de algum tempo, a denominação terras-raras passou a ser empregada para os elementos e não mais para os seus óxidos. Esta classificação passou a ser mais restrita, sendo dada para elementos que dificilmente se separam. Os metais terras-raras, geralmente, ocorrem na natureza juntos, no mineral monazita e gadolinita. Estes elementos são: lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, lutécio e algumas vezes: ítrio e escândio.
Os elementos terras-raras foram isolados a partir do século XIX, principalmente a partir de 1839, quando C. G. Mosander isolou o cério e o lantânio, que também isolou, em 1843, o ítrio, o térbio e o érbio. Outros 11 elementos foram isolados até o início do século XX, mas só em 1945, que o promécio foi observado e isolado a partir de produtos de fissão do urânio-235, por cientistas americanos ( ver histórico do elemento).

Os lantanídeos apresentam propriedades químicas semelhantes, no entanto, elas não variam de maneira periódica. Esse foi um problema para a colocação deles na Tabela Periódica.

Referência bibliográfica:
1. Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Entretanto, estudos sobre estruturas eletrônicas e números atômicos possibilitaram a verificação que os elétrons mais externos destes elementos ocupavam o nível n = 4, e o orbital 4f era preenchido por elétrons. Isso colocou os elementos dispostos em uma série isolada do bloco principal da tabela. Essa série foi colocada na horizontal, pois a homogeneidade dos elementos aparece com o aumento do número atômico.



Série dos Actinídeos

Os elementos da série dos actinídeos também são chamados de actinóides. Eles formam um grupo de 14 elementos, excluído o actínio.

O nome actinídeo é uma referência ao actínio, o protótipo da série.

Em 1945, Glenn T. Seaborg publica uma tabela periódica, na qual há pela primeira vez uma nova série de elementos, que tinha o tório como inicial. Essa série de elementos era os actinídeos.

Essa nova série de elementos possuía apenas o tório, o protactínio e o urânio como elementos naturais. No entanto, a partir de meados da década de 1940, estudos sobre síntese de átomos pesados se concretizaram e foram produzidos os elementos: netúnio, plutônio, amerício, cúrio, berquélio, califórnio, einstéinio, férmio, mendelévio, nobélio e laurêncio. Esses eram os elementos da série dos actinídeos, que possuíam elétrons preenchendo o orbital 5f, o que lhes conferiam um diferencial, assim como os lantanídeos.

A descoberta de pelo menos a metade dos elementos dessa série se deve aos estudos e trabalhos desenvolvidos com o auxílio de Seaborg, que também propôs a série.

A maioria dos elementos desta série é artificial e todos são radioativos, entretanto, isso não impede que eles sejam utilizados pelo homem. Atualmente, diversas aplicações existem para estes elementos, mas a maioria voltada para suas propriedades radioativas, como produção de energia.

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Os estudos do desenvolvimento destes elementos possibilitaram a síntese de outros elementos de transição, os chamados transactinídeos, que se iniciam a partir do número atômico 104.

 

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Descrição das Famílias da Tabela Periódica (IV)

Grupo 17 – Halogênios (Família VIIA)


Os elementos do grupo 17 são também conhecidos como halogênios, que deriva do grego e significa formador de sal. Essa denominação foi inicialmente dada ao elemento cloro, em 1811, por J. S. C. Schweigger, para descrever as propriedades do elemento, que sempre estava associado a metais, dando origem a sais. Posteriormente, o termo halogênios foi estendido para os outros elementos com características semelhantes ao cloro. Anos depois, eles vieram a pertencer ao mesmo grupo na classificação periódica dos elementos químicos.Os halogênios possuem caráter não metálico elevado, sendo o flúor o de maior caráter não metálico. 
Os elementos deste grupo possuem configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np5 e todos possuem a capacidade de formar, pelo menos, um íon com número de oxidação -1. 
Compostos de halogênios são usados desde a antiguidade. Em aproximadamente 200 a.C. o cloreto de sódio era usado como forma de pagamento, ou seja, como uma espécie de moeda. Evidências arqueológicas mostram que em muito antes de 200 a.C., em 3000 a.C., um sal de halogênio já era utilizado. No entanto, só depois de muitos séculos que os elementos foram obtidos em formas puras. 
Os halogênios são bastante abundantes e possuem diversas aplicações, principalmente, seus compostos, que podem ser aplicados no cotidiano das pessoas, assim como na indústria de uma forma em geral. 

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.


O astato é outro elemento químico deste grupo, mas não há relato de compostos estáveis deste elemento, já que o seu tempo de meia vida é de apenas 7 horas. 


Grupo 18 – Gases Nobres (Família 0)

Os elementos do grupo 18 são também conhecidos como gases nobres ou gases raros. Essas denominações são devidas à baixa reatividade e pequena abundância destes elementos em nosso planeta.Os elementos do grupo 18 possuem configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np6. Eles não têm a capacidade formar íons, em condições normais, assim como os outros elementos. Daí a baixa reatividade destes elementos, e a ausência de compostos naturais de gases nobres.Estes elementos inertes eram desconhecidos até o final do século XIX. Em 1894, o argônio foi caracterizado como um componente do ar atmosférico ainda desconhecido. O hélio foi primeiramente identificado no Sol, a partir da análise espectroscópica da luz de um eclipse total do Sol, em 1868. No entanto, acreditavam que este elemento existiria só no Sol, mas não na Terra. Em 1890, William F. Hillebrand, a partir do tratamento de minérios de urânio, obteve uma substância gasosa que acreditava ser nitrogênio. William Ramsay, no entanto, mostrou que este gás era um novo elemento e que era o mesmo que havia sido detectado a partir da análise espectral da luz do eclipse solar.Os outros gases nobres foram caracterizados, também, a partir do ar atmosférico liquefeito. O criptônio, o neônio e o xenônio foram obtidos como frações da destilação fracionada do ar atmosférico liquefeito. 

Referência bibliográfica:
1. Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

O radônio foi identificado, em 1900, como um produto da desintegração do rádio, por Friedrich E. Dorn.

 

Metais de Transição (Grupo 3-12)

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Descrição das Famílias da Tabela Periódica (III)

Grupo 15 – Família do Nitrogênio (Família VA)


Os elementos pertencentes ao grupo 15 apresentam caráter metálico reduzido e inferior aos elementos do grupo do carbono.Estes elementos possuem configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np3 e apresentam a capacidade de formar cátions com número de oxidação igual a +3. 
O nitrogênio é o elemento que recebe maior destaque neste grupo, pois é um elemento bastante abundante. Ele é o elemento mais presente no ar atmosférico e é um dos constituintes de proteínas e enzimas, responsáveis por diversas funções nos organismos vivos. 
O nitrogênio só foi descoberto como um elemento químico, no século XVIII, como um dos gases constituintes do ar atmosférico.O fósforo é um outro importante elemento presente no grupo 15 da tabela periódica. Ele foi descoberto no século XVII, pelo alquimista Henning Brandt, a partir de um processo de purificação de urina. Os compostos de fósforo são usados desde a fabricação de conservantes alimentares, até a produção de pesticidas e armas químicas.(ver texto sobre Fósforo

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Os outros elementos deste grupo são bastante conhecidos e usados desde muito tempo, principalmente o arsênio e o antimônio, que possuem compostos utilizados desde a antiguidade.


Grupo 16 – Calcogêneos (Família VIA)


Os elementos do grupo 16 são comumente conhecidos como calcogênios. Este termo deriva do grego e significa formadores de cobre. Esta denominação é dada, pois os minérios que se obtém cobre são formados com elementos deste grupo: Cu2S, Cu2O, CuFeS2, Cu2O3(OH)2.

Os calcogênios possuem caráter metálico menos intenso que os elementos que se encontram no grupo 15, ou inferior. Sendo o oxigênio e o enxofre os que possuem maior caráter não metálico, deste grupo de elementos. Estes elementos possuem configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np4 e apresentam a capacidade de forma pelo menos um íon com carga negativa igual a -2. O polônio é o único elemento deste grupo que não forma íon com carga -2. O oxigênio é o elemento de maior destaque presente neste grupo. Isso é um reflexo da sua grande abundância na Terra e sua valiosa importância para a vida em geral. O oxigênio ocorre livre na atmosfera, com outros elementos, ocorre em diversas rochas e minerais.
Na forma livre, o oxigênio ocorre principalmente como gás oxigênio, O2 e como gás ozônio, O3. Combinado, ocorre principalmente como óxidos.

O enxofre é outro elemento bastante importante e altamente empregado na indústria em geral. Ele é utilizado na forma de diversos compostos, principalmente, na forma de ácido sulfúrico, que é o produto industrial mais utilizado no mundo.

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

O enxofre é conhecido desde a antiguidade, sendo citado algumas vezes no velho testamento (ver histórico do elemento enxofre).

 

Família VIIA

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Descrição das Famílias da Tabela Periódica (II)

Grupo 13 – Família do Boro (Família IIIA)

Escrito por: Miguel A. Medeiros

Os elementos do grupo 13 possuem caráter metálico menos intenso que os metais alcalinos terrosos. O boro é considerado um ametal, o que contrasta com os outros elementos deste grupo (aluminio, gálio, índio e tálio), que são classificados como metais.Estes elementos possuem a configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np1 e forma cátions com número de oxidação igual a +3. 
O bórax, composto mais importante do boro, é conhecido e utilizado desde os tempos antigos para produzir vidros e vitrificações de peças, no entanto, o elemento (boro) só foi isolado no século XVIII. 

Referência bibliográfica:
1. Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Um outro elemento deste grupo, o gálio, possui uma propriedade incomum entre os metais, mas semelhante à água. O gálio no estado sólido possui densidade menor do que no estado líquido, o que é incomum, pois os metais, geralmente, no estado sólido apresenta densidade maior do que no estado líquido.


Grupo 14 – Família do Carbono

Os elementos pertencentes ao grupo 14 apresentam caráter metálico menor que os elementos do grupo 13. O carbono é o elemento que apresenta maior caráter não metálico. 
Os elementos da família do carbono apresentam configuração eletrônica da camada de valência igual a ns2np2 e todos formam cátions com números de oxidação iguais a +2 e +4.O carbono é o elemento que possui maior destaque, entre todos deste grupo, uma vez que, existe até uma parte da Química para estudo dos compostos de carbono, a Química Orgânica. Isso é devido a grande quantidade compostos orgânicos, que são milhares.
O carbono ocorre livre na natureza, em suas conhecidas formas alotrópicas: diamante, grafite, carvão e fulerenos.O diamante é bastante conhecido e utilizado desde muito tempo, sendo citado no velho testamento (ver histórico do elemento carbono).
O grafite é também muito conhecido e usado desde a antiguidade, com a finalidade de escrever e marcar outras superfícies.O conhecimento referente aos compostos de carbono é datado desde a antiguidade, no entanto, este elemento só foi reconhecido como tal, no século XVIII. A partir daí, várias aplicações surgiram e foram definidas para os compostos de carbono, tais como a importância do CO2 para a fotossíntese e o petróleo para o desenvolvimento industrial no século XX.O silício é um outro elemento deste grupo que apresenta grande importância, pois é um elemento altamente abundante. Ele se encontra distribuído pela crosta terrestre em formas diversas de muitos silicatos, sendo um dos principais compostos de silício, a sílica, SiO2 – óxido de silício. 
Compostos de silício são usados desde a fabricação de vidros, polímeros de silicone e até materiais semicondutores eletrônicos, utilizados em dispositivos de informática.

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Os outros elementos deste grupo: germânio, estanho e chumbo são também bastante conhecidos e utilizados, principalmente, o estanho e o chumbo que são usados e trabalhados desde muito tempo, seja na fabricação de ligas metálicas importantes como o bronze (Cu + Sn) ou nos seus usos separadamente.

Família VA

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Descrição das Famílias da Tabela Periódica (I)

Descrição das Famílias da Tabela Periódica

A Tabela Periódica é organizada em períodos (linhas horizontais) e grupos ou famílias (colunas verticais).

Os elementos presentes em cada família da Tabela Periódica possuem características semelhantes entre si, sejam propriedades físicas e/ou químicas. A seguir, são descritas cada uma das famílias da Tabela Periódica.

Grupo 1 – Metais Alcalinos (Família IA)

Os metais alcalinos são elementos muito reativos e de grande importância para a vida dos seres vivos.

O nome metais alcalinos, é derivado de álcali, do árabe al-qali, que significa cinza de plantas, que é uma referência ao fato de alguns hidróxidos de metais alcalinos serem obtidos a partir de cinzas de plantas. O termo álcali é também usado para definir os hidróxidos dos metais deste grupo (lítio, sódio, potássio, rubídio e césio).

Os metais alcalinos possuem configuração eletrônica da camada de valência igual a ns1. Isso possibilita que os elementos formem íons carregados positivamente com carga +1.
Compostos de sódio e potássio são utilizados desde a antiguidade. Um de seus sais (NaCl) foi utilizado até como moeda de troca a milhares de anos.

Alguns dos metais alcalinos são bastante encontrados no nosso planeta. O sódio, o potássio, o lítio e o rubídio se encontram como minerais, distribuídos por diversos países. Dissolvido na água do mar, é encontrado, principalmente, o sódio, um dos constituintes do NaCl, componente principal do sal de cozinha.

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

Como dito, compostos de metais alcalinos são conhecidos desde muito tempo e são bastante encontrados no nosso planeta. No entanto, os elementos só foram isolados a partir de 1800, com a utilização da eletrólise de sais fundidos, ou de soluções aquosas dos sais.



Grupo 2 – Metais alcalinos terrosos (Família IIA)

Os metais alcalinos terrosos são elementos reativos e assim como os metais alcalinos, são de grande importância para a vida do ser humano.

Compostos dos metais do grupo 2 (Mg e Ca) são conhecidos e utilizados desde a antiguidade. Um exemplo é o gesso (CaSO4 x 2H2O), que foi utilizado na construção da grande pirâmide de Gizeh, além de ter sido utilizado no reboco da tumba do faraó Tutucamon. Já o magnésio foi muito utilizado na forma de mineral macio, denominado talco, que era também chamado de pedra de Magnésia.

Embora os compostos destes elementos sejam utilizados há muito tempo, os elementos só foram isolados no século XVII.

Os elementos do grupo 2 possuem configuração eletrônica da camada de valência, igual a ns2, o que possibilitam a eles a formação de íons carregados com carga +2.

Referência bibliográfica:
1.
 Medeiros, M. A.; Texto retirado na íntegra do software QuipTabela 4.01; 2004.

A denominação “terroso” é derivada dos alquimistas da Idade Média, que chamavam os compostos resistentes a modificações provocadas por elevadas temperaturas, de “terrosos”. Os compostos conhecidos na época eram resistentes a temperaturas que hoje, seriam classificadas como moderadas.

Família IIIA

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Cloro – Aplicações e Presença no Cotidiano

Aplicações do Cloro

Você ou alguém de sua casa já deve ter utilizado, alguma vez, para fazer limpezas difíceis, um produto comercial, chamado “cloro“, caso não, com certeza já deve ter ouvido falar à seu respeito.
Você sabe do que se trata este produto? Será que ele é o cloro, Cl que se localiza na família dos halogênios, possui massa molar igual à 35,5g e número atômico 17, que está localizado na tabela periódica?
Algumas pessoas acreditam que o “cloro” comercial é o mesmo cloro da Química, aquele de compostos químicos, tais como o cloreto de sódio (NaCl), ou o DDT, no entanto, o “cloro” comercial é uma denominação usada para uma solução aquosa de um sal, geralmente, hipoclorito de sódio (ClONa+) e não cloro livre (Cl2) ou Cl (elemento químico).

O cloro livre (Cl2) se apresenta como um gás com coloração amarelo esverdeado, sendo venenoso e utilizado como uma arma química (uma de suas aplicações). Seu nome origina do grego chlorós, que significa “amarelo esverdeado”.

O cloro, elemento químico, é encontrado na natureza, em combinações com outros diversos elementos, principalmente na forma de cloretos, como a halita (NaCl), a silvita (KCl) e a carnalita KCl · MgCl2 · 6 H2O, que são encontrados em depósitos subterrâneos, (em minas de sal). Na Rússia, a obtenção de NaCl ocorre principalmente, a partir de minas de sal. Já no Brasil, a principal fonte de NaCl é o mar, já que as águas dos oceanos são ricas em cloreto de sódio (mas possui também outros sais dissolvidos, como cloretos e carbonatos de magnésio e potássio). O sal de cozinha é um importante produto comercial, que contém cloro (na forma de cloreto), já que o principal componente do sal de cozinha é o NaCl (cloreto de sódio), mas possui também iodeto de potássio e anti-umectante. Em 1 kg de sal de cozinha, há em torno de 600 gramas de cloro, na forma de cloreto.

A principal forma do cloro se manifestar na natureza é através do cloreto de sódio. E é através do cloreto de sódio que se produz gás cloro (Cl2), a partir da eletrólise do NaCl fundido ou em solução aquosa.

Pode-se afirmar que cloro comercial, ou cloro ativo não é realmente cloro, mas sim, uma solução aquosa rica em sais que contém cloro, tal como o hipoclorito de sódio.



O hipoclorito de sódio é o princípio ativo da água sanitária, que é comumente utilizada em lares brasileiros, para limpeza e desinfecção de pisos, banheiros, cozinhas, caixas e reservatórios de água, frutas e verduras. Além disso, a água sanitária é utilizada como alvejante, ou seja, solução capaz de tornar “coisas” brancas, tais como tecidos (usar excesso de água sanitária em tecido pode provocar o rompimento das fibras do tecido, causando rasgos). A água sanitária é uma solução aquosa, que contém 2,0 a 2,5% de cloro ativo, possuindo concentração entre 12 e 15% de hipoclorito de sódio (NaClO).

No Brasil, compostos derivados do cloro são utilizados no processo de tratamento de água destinada ao consumo humano, ou seja, água fornecida pelas empresas de tratamento de água e esgoto de cada Estado brasileiro, tais como Copasa e Sabesp. Os compostos derivados de cloro são utilizados com o objetivo de desinfecção da água, antes de disponibilizar para o consumo. Os principais compostos utilizados são hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio e dióxido de cloro, já que possuem elevada eficiência de desinfecção, matando microrganismos patogênicos por um custo relativamente baixo,  quando comparado aos outros métodos de desinfecção, que envolvem gás ozônio e radiação ultravioleta.

O hipoclorito de cálcio é um dos compostos utilizados no tratamento e purificação de água de piscinas. Dependendo da marca do “cloro de piscina“, o teor de hipoclorito de cálcio irá variar, mas comumente está entre 60 e 80% em massa. Diante disso, percebe-se que o hipoclorito e compostos de cloro são amplamente utilizados nos processos de desinfecção e purificação de águas e alimentos.

Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 28 de junho de 2015

A seguir, veja um vídeo sobre síntese de hipoclorito de sódio.

Ar – oxigênio, gás nobre ou mistura de gases?

Ar – a mistura de gases mais importante que existe

Ar é uma mistura de gases de grande importância para muitos seres vivos. É a partir do ar que os animais terrestres retiram o oxigênio necessário para sobreviverem. O ar, ou ar atmosférico é uma mistura de vários gases, principalmente: N2, O2 e CO2.

No entanto, quando se estuda a Tabela Periódica, nota-se a presença do símbolo “Ar“, que se refere ao elemento químico argônio e não à mistura de gases importante à vida. Algumas vezes, no entanto, esse símbolo “Ar” é confundido com o ar atmosférico, principalmente ao estudar gases e suas leis na Química, pois em alguns exercícios não fica claro se a referência é ao gás nobre ou a mistura de gases.

Essa mistura de gases que inspiramos e expiramos, várias vezes por minuto, é também considerada por muitos, apenas como oxigênio, um dos componentes da mistura. O ar é uma mistura homogênea (se você quiser saber o que é uma mistura homogênea, clique aqui) de alguns gases, principalmente, gás nitrogênio (N2oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2), mas pode haver também outras substâncias, como água (H2O) metano (CH4) e até mesmo argônio (Ar) entre tantos outros, até mesmo argônio (Ar), em pequenas proporções.

A composição do ar atmosférico é considerada como:

                • 75% de nitrogênio, N2;
                • 20% de oxigênio, O2;
                • 4% de gás carbônico, CO2 e
                • 1% de outros gases.

Esta é a combinação ideal, pois se a concentração de O2 fosse maior, ou se o ar fosse composto só de O2, as consequências seriam catastróficas. Inicialmente, não haveria vida, mas se houvesse, as diferentes formas de vida não seriam parecidas como as que conhecemos.

Todo material inflamável (com potencial de pegar fogo,  como madeira, carvão, plástico, combustíveis, derivados do petróleo e todos os compostos orgânicos), se incendiaria com grande facilidade. Além disso, os metais, os plásticos e substâncias diversas que sofrem oxidação, se oxidariam com uma rapidez espantosa.

Então, uma  concentração em torno de 20% de oxigênio é a concentração ideal para que possamos continuar vivendo bem.

E o Argônio, “Ar”, o que é?

O argônio é o gás nobre mais abundante em nosso planeta. Ele recebe esta denominação, gás nobre, devido a sua baixa reatividade e grande capacidade em se apresentar isolado na natureza, ou seja, não forma compostos com outros elementos. Este gás se encontra principalmente na mistura gasosa do ar atmosférico.

O argônio é utilizado como gás de enchimento em contador de radiação e em lâmpada de catodo oco, empregado em espectroscopia de absorção atômica. O argônio é também usado como atmosfera para lâmpadas diversas, principalmente as incandescentes, que não são mais comercializadas no Brasil, para evitar que o filamento de tungstênio entre em  contato com oxigênio do ar atmosférico. Quando se acende uma lâmpada incandescente, o filamento de tungstênio pode alcançar temperaturas superiores a 2000°C (se houver ar atmosférico nas proximidades, o filamento queima instantaneamente).
Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 28 de junho de 2015

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Para saber mais:
Por falar em lâmpadas incandescentes, você sabe como é feito o vidro?
Quer saber mais sobre outro gás nobre? Leia um pouco sobre Xenônio.

Tabelas Periódicas