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Radiação X ou Raios X

Raios – X

Quem nunca tirou uma radiografia do braço, da perna, ou até mesmo da arcada dentária?

Este fato é bastante comum para todos, mas o que é exatamente a radiografia?

A radiografia é uma espécie de filme revelado a partir da radiação X incidente em sua superfície. O que possibilita a sua existência, é o fenômeno físico da difração de raio X.

A radiação X é um tipo de radiação eletromagnética, que possui comprimento de onda, da ordem de 10-10m. Ela é obtida a partir da emissão de elétrons de um dispositivo que os aceleram por uma diferença de potencial. Estes elétrons são, então, freados bruscamente, utilizando um anteparo, chamado de “alvo”. Quando os elétrons acelerados são freados bruscamente, a radiação X é formada.

Até uns anos atrás, todos nós estávamos expostos a este tipo de radiação, sem muita escolha, pois os monitores de computador e televisores que usavam tubo de imagem emitiam pequenas quantidades de raios X, pois em tais monitores e televisores, para geração de imagem, era necessário haver a aceleração de elétrons que colidiam contra a tela (anteparo). Como os elétrons eram freados bruscamente, era produzida radiação X. Mas nos equipamentos mais recentes, haviam dispositivos que bloqueavam a emissão de tal radiação.

Ao tirar uma radiografia, estamos nos expondo diretamente à radiação X, ou seja, estamos ficando exposto a um feixe de radiação eletromagnética do tipo ionizante, que pode provocar diversos danos ao organismo, como: modificação no DNA, queimaduras graves e formação de radicais livres, que podem dar origem ao um câncer, por exemplo. Os danos causados pela radiação X pode ser comparados aos provocados pela radiação gama. E é devido a isso que cada vez menos é solicitado aos pacientes a realização de radiografias de raio X.

Mas, na Química, a difração de raio X pode gerar informações valiosas sobre características da estrutura de um composto. Assim, como o infravermelho, é possível a partir do uso da difração de raio X obter informações, com tal certeza, sobre a possível estrutura do composto.

No caso do raio X, os resultados são ainda mais precisos. Estas informações são geradas pelo fenômeno físico da difração e também da interferência, ou seja, quando os raios incidem sobre um cristal, ocorre a penetração do raio na rede cristalina, a partir disso, teremos várias difrações e também interferências construtivas e destrutivas. Os raios X interagirão com os elétrons da rede cristalina e serão difratados.

Para se analisar a difração, basta colocar um dispositivo capaz de captar os raios difratados e traçar o espalhamento, ou seja, o desenho da forma da rede cristalina ou estrutura que refletiu e difratou os raios X.

Esta é uma maneira muito valiosa para determinar e estudar a forma de organização de um composto, sendo muito ampla e rica, não se restringindo à este simples texto.

Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 28 de junho de 2015

Espectroscopia de Absorção no infravermelho

Espectroscopia de Absorção no Infravermelho

Os compostos químicos de uma forma em geral, absorvem radiação nas regiões do ultra-violeta, do visível e também na região do Infravermelho do espectro eletromagnético .
A radiação infravermelha provoca vibração de átomos ou grupos de átomos em um composto, estas vibrações podem ter amplitudes e velocidades diferentes. Estas vibrações ocorrem em torno das ligações covalentes que une os átomos, ou grupos de átomos.
O Infravermelho não só pode ser usado para compostos orgânicos, como também para compostos inorgânicos, tais como complexos de coordenação.

A energia das vibrações são quantizadas, ou seja, existem determinadas quantidades de energia que fazem os grupos vibrarem.
As fontes de radiação devem apresentar comportamento próximo ao do corpo negro. Comumente utiliza-se filamento de tungstênio, carbeto de silício, liga de níquel-cromo, lâmpadas de mercúrio e, lasers. Algumas dessas fontes operam mais eficientemente em determinadas faixas do espectro infravermelho.

Como funcionam os Espectrômetros de Infravermelho

Geralmente é necessário preparar a amostra a ser analisada, de forma a colocá-la no interior do espectrômetro, na forma de uma pastilha homogênea. (Pode-se utilizar também, amostras líquidas ou gasosas.)
Os raios Infravermelhos incidirão na amostra e os raios serão comparados com outros (de referência), isso é feito à medida que a frequência da radiação incidente é alterada. A partir disso, o espectrômetro plotará um gráfico com os resultados, ou seja, ele mostrará a absorção em função da frequência.

 

 

 

 

Modos de Vibração das Moléculas. Neste exemplo é
verificado a molécula de água.

Geralmente, encontram-se tabelas com valores de absorção para compostos orgânicos, ou seja, átomos e grupos de átomos ligados à carbono, no entanto, na química de complexos de coordenação, as vibrações observadas são entre íons metálicos e grupos ou átomos. Em uma situação assim, pode-se utilizar estas tabelas, fazendo uma aproximação dos valores das vibrações. No entanto, existem também, tabelas com dados para alguns íons metálicos, mas estas são de maior dificuldade para se encontrar.

Espectro de Infravermelho do complexo trans-dioxalato-diaquacromato(III) de potássio

Um maneira para se obter informações sobre a geometria de uma molécula, consiste em imaginar todos os arranjos possíveis dos átomos na molécula. Classificar cada uma das possíveis estruturas segundo seu grupo pontual derivado pela teoria de grupo. Através desta caracterização podemos identificar quantos e de que tipo são os graus de liberdade e quantas bandas no infravermelho terão possibilidade de serem observadas. Obtém-se experimentalmente o espectro vibracional da molécula e procura-se identificar as bandas fundamentais, dos sobretons, das bandas de combinação e conta-se quantas são as fundamentais. Comparando-se com aquelas previstas pela teoria de grupo, teremos informações de como deve ser a distribuição dos átomos na molécula.

Um problema experimental pode ser a metodologia para fazer a atribuição das bandas. Não existe nenhum critério rigoroso para se efetuar tal medida. Esta etapa é realizada através de comparações entre espectros de várias moléculas ou ainda efetuando comparações com moléculas isotopicamente substituídas ou comparando-se com espectros obtidos através do método Raman. Pode-se criar ainda criar um campo de força e tentar reproduzir as frequências vibracionais através de métodos matemáticos. Dentre estes métodos é possível ajustar-se constantes de força para diferentes tipos de ligação química e, com estas constantes, calcular-se os parâmetros geométricos, como ocorre nos métodos conhecidos como mecânica molecular.

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Texto originalmente publicado em 15 de novembro de 2002.

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