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Ar – oxigênio, gás nobre ou mistura de gases?

Ar – a mistura de gases mais importante que existe

Ar é uma mistura de gases de grande importância para muitos seres vivos. É a partir do ar que os animais terrestres retiram o oxigênio necessário para sobreviverem. O ar, ou ar atmosférico é uma mistura de vários gases, principalmente: N2, O2 e CO2.

No entanto, quando se estuda a Tabela Periódica, nota-se a presença do símbolo “Ar“, que se refere ao elemento químico argônio e não à mistura de gases importante à vida. Algumas vezes, no entanto, esse símbolo “Ar” é confundido com o ar atmosférico, principalmente ao estudar gases e suas leis na Química, pois em alguns exercícios não fica claro se a referência é ao gás nobre ou a mistura de gases.

Essa mistura de gases que inspiramos e expiramos, várias vezes por minuto, é também considerada por muitos, apenas como oxigênio, um dos componentes da mistura. O ar é uma mistura homogênea (se você quiser saber o que é uma mistura homogênea, clique aqui) de alguns gases, principalmente, gás nitrogênio (N2oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2), mas pode haver também outras substâncias, como água (H2O) metano (CH4) e até mesmo argônio (Ar) entre tantos outros, até mesmo argônio (Ar), em pequenas proporções.

A composição do ar atmosférico é considerada como:

                • 75% de nitrogênio, N2;
                • 20% de oxigênio, O2;
                • 4% de gás carbônico, CO2 e
                • 1% de outros gases.

Esta é a combinação ideal, pois se a concentração de O2 fosse maior, ou se o ar fosse composto só de O2, as consequências seriam catastróficas. Inicialmente, não haveria vida, mas se houvesse, as diferentes formas de vida não seriam parecidas como as que conhecemos.

Todo material inflamável (com potencial de pegar fogo,  como madeira, carvão, plástico, combustíveis, derivados do petróleo e todos os compostos orgânicos), se incendiaria com grande facilidade. Além disso, os metais, os plásticos e substâncias diversas que sofrem oxidação, se oxidariam com uma rapidez espantosa.

Então, uma  concentração em torno de 20% de oxigênio é a concentração ideal para que possamos continuar vivendo bem.

E o Argônio, “Ar”, o que é?

O argônio é o gás nobre mais abundante em nosso planeta. Ele recebe esta denominação, gás nobre, devido a sua baixa reatividade e grande capacidade em se apresentar isolado na natureza, ou seja, não forma compostos com outros elementos. Este gás se encontra principalmente na mistura gasosa do ar atmosférico.

O argônio é utilizado como gás de enchimento em contador de radiação e em lâmpada de catodo oco, empregado em espectroscopia de absorção atômica. O argônio é também usado como atmosfera para lâmpadas diversas, principalmente as incandescentes, que não são mais comercializadas no Brasil, para evitar que o filamento de tungstênio entre em  contato com oxigênio do ar atmosférico. Quando se acende uma lâmpada incandescente, o filamento de tungstênio pode alcançar temperaturas superiores a 2000°C (se houver ar atmosférico nas proximidades, o filamento queima instantaneamente).
Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 28 de junho de 2015

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Para saber mais:
Por falar em lâmpadas incandescentes, você sabe como é feito o vidro?
Quer saber mais sobre outro gás nobre? Leia um pouco sobre Xenônio.

Xenônio – Aplicações

Xenônio

Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 28 de junho de 2015

O xenônio é um elemento químico de número atômico igual a 54, pertencente à família 8A, ou grupo 18 da Tabela Periódica. Ele se encontra entre os elementos iodo e césio.
O xenônio é um gás nobre, assim como os outros elementos da família 8A. Estes elementos são conhecidos como inertes, ou seja, não reagem espontaneamente com outros elementos, sendo assim, compostos destes elementos não são encontrados na natureza.

O xenônio foi descoberto em 1898, por Willian Ramsay e Travers, na Inglaterra. O seu nome deriva do grego xénos, que significa estrangeiro. Ele é um gás raro, encontrado no ar atmosférico, em pequenas proporções e isolado.
O xenônio é utilizado em tubos de descargas (tubo de gás néon) nos quais é produzida uma cor azul esverdeado.

Neil Bartlett, em 1962, estudando o PtF6, observou que o xenônio reagia com o este composto, dando origem à vários compostos de xenônio. Posteriormente, outros cientistas descobriram que estes compostos eram diversos fluoretos de xenônio e eram estáveis: XeF2, XeF4, XeF6.
Dados referentes ao Xenônio

Número Atômico

54

Nome Xenônio
Símbolo Xe
Massa Molar (g/mol)

131,29

Temp. de Fusão (°C)

-11,8

Temp. de Ebulição (°C)

-108,13

Densidade (g/mL) (20°C)

5,8971E-03

Eletronegatividade (Pauling) n.e.
Descobridor William Ramsay
Ano da Descoberta

1898

Configuração Eletrônica [Kr]5s24d105p6
Número de Oxidação 0,2,4,6,8
1ª Energia de Ionização (kJ/mol)

1170

Raio Atômico (pm)

108

Raio Iônico (pm) n.e.
Resistividade Elétrica (µohm.cm) n.e.
Carga Nuclear Efetiva (Slater)

8,25

Estado Físico (25°C) Gasoso
CondutividadeTérmica (Wm-1K-1)

0,00565

Afinidade Eletrônica (kJ/mol)

-77

Quant. Isótopos Naturais

9

Abundância na Terra (ppm)

2,00E-05

Volume Molar (cm³)

35,92

Calor Específico (J/g°C) n.e.
Calor Molar de Fusão (kJ)

2,299

Dureza (mohs) n.e.

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