Bomba de Hidrogênio – Poder de Destruição

Entenda o que é Bomba de hidrogênio

A bomba de hidrogênio, também conhecida como bomba de fusão ou bomba “H”, é uma das armas mais poderosas que existe na Terra. O seu poder de destruição é equivalente a dezenas ou até mesmo centenas de bombas atômicas como as que foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki.

Para entender o que é e como funciona uma bomba de hidrogênio, é necessário entender conceitos sobre fusão nuclear e bomba atômica.

Fusão Nuclear

Fusão Nuclear significa junção, união de dois ou mais núcleos atômicos leves, originando um núcleo atômico mais pesado e uma grande quantidade de energia.

A fusão nuclear ocorre quando núcleos de átomos leves, como o hidrogênio, são acelerados e colidem com elevada quantidade de energia. A colisão entre os núcleos é tão grande que os núcleos se fundem em apenas 1, liberando uma quantidade de energia gigantesca, muitas vezes maior do que a energia necessária para promover a reação. No caso de utilizar núcleos atômicos de hidrogênio, há a formação de núcleos atômicos de hélio, que possuem massa atômica igual a 4 vezes a do hidrogênio. O núcleo atômico de hélio é também conhecida como radiação de partícula alfa, desde que ele esteja se movendo em alta velocidade.

A energia liberada na fusão nuclear é calculada pela equação E = mc2, onde c é a velocidade da luz e m é a variação da massa nuclear que se transforma em energia (quanto da massa inicial se transforma em energia).

No Sol, assim como na maioria das estrelas, o átomo de hidrogênio é o mais abundante. A energia solar, ou seja, a energia proveniente do Sol é originária de reações de fusão nuclear, de átomos de hidrogênio formando átomos de hélio.

4 1  4He  + 2     E= -2,48 x 1015J

No núcleo (no centro) e na superfície do Sol, temperaturas da ordem de 106 a 107°C são encontradas e é isso que propicia as reações de fusão nuclear.

Como é necessária elevada temperatura (milhões de graus Celsius) para promover a fusão nuclear, utiliza-se bombas atômicas (acopladas em torno do reservatório de isótopos de hidrogênio a serem fundidos) para gerar a energia necessária e ativar a fusão nuclear.
A bomba atômica utiliza o princípio da fissão nuclear, produzindo muita energia e temperaturas de milhões de graus Celsius.

Poder de destruição da bomba H

A bomba de fusão nuclear é uma arma com poder de destruição equivalente à milhões de toneladas de dinamite.

O poder de destruição de uma bomba de hidrogênio, pode ser milhares de vezes maior do que a de uma bomba atômica.  O seu poder de destruição é medido em megatons (Mton), enquanto, o de uma bomba atômica é medido em kilotons (kton).

1 kton equivale a 1000 toneladas de dinamite.
1 Mton equivale a 1000000 toneladas de dinamite.

Dessa forma, uma bomba de hidrogênio tem o mesmo poder de destruição de milhões de toneladas de dinamite, se essa quantidade de dinamite fosse usada em um mesmo ponto.

Lembrete: Em uma bomba de fusão, a massa de isótopos de hidrogênio e urânio é da ordem de dezenas a centenas de quilos. Ou seja, a geração de energia da fusão nuclear, de uma bomba de hidrogênio é MUITO GRANDE!

Até os dias de hoje, início do século XXI, ainda não se consegue controlar a reação de fusão nuclear para aplicações pacíficas, como se faz com a fissão nuclear para produzir energia térmica e elétrica. Um dos fatores que pesam contra o seu uso, é a falta de habilidade para controlar altíssimas temperaturas, na casa de milhões de graus Celsius (temperaturas impossíveis de serem medidas ou imaginadas por pessoas comuns).

Uma bomba de hidrogênio pode destruir não apenas pelo calor gerado ao redor do centro da explosão, mas também por radiações e ondas eletromagnéticas e de choque geradas pela explosão. A destruição não se limita a bens materiais, mas também a seres vivos diversos, podendo até mesmo extinguir toda uma espécie animal ou vegetal. Os seus danos podem perdurar por anos, até mesmo décadas.

______________________________

Você também pode se interessar por:

O que é uma Bomba Atômica?
Radiações e seus usos.

Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 04 de setembro de 2017