Armas químicas

Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 29 de junho de 2015

No período entre o início da 1ª Guerra Mundial e o final da 2ª Guerra Mundial, a Química das substâncias tóxicas e letais se desenvolveu bastante, principalmente para aplicações militares.
Compostos, denominados armas químicas, foram desenvolvidos, considerando-se o grande potencial de extermínio em massa. Algumas armas químicas, ou venenos militares conhecidos, são: gás Mostarda, O-mostarda, Sesquimostarda, Sarin, Soman, VX, Tabun, DFP, GF, entre outros.

O gás mostarda faz parte de um grupo de compostos, os denominados, mostardas de enxofre. Todos os mostardas de enxofre possuem dois grupos cloroetila (-CH2CH2-Cl) ligados a um átomo de enxofre, alguns compostos podem apresentar átomos a mais de oxigênio ou enxofre na estrutura.

O gás mostarda é uma substância incolor, líquida, oleosa, muito solúvel em água e muito tóxica. Na forma impura, o gás mostarda se apresenta na coloração amarela. Este líquido possui grande volatilidade, à temperatura ambiente (25°C), podendo ser utilizado de maneira perigosa, nesta temperatura.

Propriedades físicas
Temperatura de fusão: 13°C;
Temperatura de ebulição: 216°C;
Densidade: 1,274 g/mL.

Ele é pouco solúvel em água e muito solúvel em gorduras e lipídios.

Este composto é um veneno mortal, que provoca graves ulcerações e irritações na pele, nos olhos e no sistema respiratório, além de lesões neurológicas e gastrointestinais e destruição de tecidos e vasos sanguíneos.

Uma pessoa contaminada com gás mostarda, pode sentir os sintomas em pouco minutos, dependendo da concentração a qual foi exposta.

Antídotos:

Quando ele reage com o cloro, ou NaOCl, ou ainda, Ca(OCl)2, ocorre a formação de compostos atóxicos. Sendo estas, reações para uma possível descontaminação ou desativação do composto.

O gás mostarda foi utilizado durante a 1ª Guerra Mundial e em lutas militares na Etiópia, em 1936. Os Estados Unidos produziu e estocou uma grande quantidade deste composto, desde a 2ª Guerra Mundial.

Referência Bibliográfica (Armas Químicas)
1– Patnaik, P., Propriedades nocivas das substâncias químicas, trad. Baptista, R. M. S., Vol. 2, Belo Horizonte, editora Ergo, 2003.
2– Na Internet em 22 de junho de 2015: http://www.cambridgesoft.com/Ensemble_for_Chemistry/.